quinta-feira, 4 de novembro de 2010

A fase do Açúcar (séculos XVI e XVII )

O açúcar era um produto de muita aceitação na Europa e alcançava um grande valor. Após as experiências positivas de cultivo no Nordeste, já que a cana-de-açúcar se adaptou bem ao clima e ao solo nordestino, começou o plantio em larga escala. Seria uma forma de Portugal lucrar com o comércio do açúcar, além de    começar o povoamento do Brasil. A mão - de- obra escrava, de origem africana, foi utilizada nesta fase.

os jesuítas

jesuíta
Os jesuítas eram padres da Igreja Católica que faziam parte da Companhia de Jesus. Esta ordem religiosa foi fundada em 1534 por Inácio de Loiola. A Companhia de Jesus foi criada logo após a Reforma Protestante (século XVI), como uma forma de barrar o avanço do protestantismo no mundo. Portanto, esta ordem religiosa foi criada no contexto da Contra-Reforma Católica. Os primeiros jesuítas chegaram ao Brasil no ano de 1549, com a expedição de Tomé de Souza.
Objetivos dos jesuítas:

- Levar o catolicismo para as regiões recém descobertas, no século XVI, principalmente à América;

- Catequizar os índios americanos, transmitindo-lhes as línguas portuguesa e espanhola, os costumes europeus e a religião católica;

- Difundir o catolicismo na Índia, China e África, evitando o avanço do protestantismo nestas regiões;

- Construir e desenvolver escolas católicas em diversas regiões do mundo.

Podemos destacar os seguintes jesuítas que vieram ao Brasil no século XVI: Padre Manoel da Nóbrega, Padre José de Anchieta e Padre Antônio Vieira. Em 1760, alegando conspiração contra o reino português, o marquês de Pombal expulsou os jesuítas do Brasil, confiscando os bens da ordem.

A ordem dos jesuítas foi extinta pelo papa Clemente XIV, no ano de 1773. Somente no ano de 1814 que ela voltou a ser aceita pela Igreja Católica, graças ao papa Pio VII.


senzala

foto de senzala do período colonialA senzala era uma espécie de habitação ou alojamento dos escravos brasileiros. Elas existiram durante toda a fase de escravidão (entre o século XVI e XIX) e eram construídas dentro da unidade de produção (engenho, mina de ouro e fazenda de café).

As senzalas eram galpões de porte médio ou grande em que os escravos passavam a noite. Muitas vezes, os escravos eram acorrentados dentro das senzalas para evitar as fugas.

Costumam ser rústicas, abafadas (possuíam poucas janelas) e desconfortáveis. Eram construções muito simples feitas geralmente de madeira e barro e não possuíam divisórias.

Os escravos dormiam no chão duro de terra batida ou sobre palha. Costuma haver na frente das senzalas um pelourinho (tronco usado para amarrar o escravo para a aplicação de castigos físicos).

Algumas fazendas do interior do Brasil preservaram estas senzalas que hoje são visitadas como pontos turísticos. Mostram um aspecto importante da história de nosso país: a falta de humanidade com que os africanos foram tratados durante séculos no Brasil.


engenho



O engenho de açúcar era o nome dado às fazendas produtoras de açúcar no período do Brasil Colonial. Este nome era aplicado também à máquina que moia a cana-de-açúcar e outras instalações envolvidas no processo. Grande parte destes engenhos estava estabelecida na região nordeste do Brasil. A maior parte do açúcar produzido nos engenhos era destinada ao mercado europeu. 

Dentro dos engenhos havia também a casa-grande (habitação do senhor de engenho e sua família), a senzala(habitação dos escravos), capela, horta e canavial.


Para os trabalhos mais pesados, os senhores de engenho utilizavam a mão-de-obra escrava de origem africana. 
Os engenhos de açúcar entraram em decadência, em meados do século XVIII, com a concorrência do açúcar holandês, pois estes foram produzir açúcar nas ilhas da América Central.  

cana-de-açúcar brasil colonia

Martin Afonso de Sousa foi quem trouxe as primeiras mudas de cana-de-açúcar da ilha da madeira e estabeleceu o primeiro engenho da colônia em São Vicente. Os engenhos se multiplicaram de forma rápida pelo litoral brasileiro. 

Durante os séculos XVI e XVII, a colonização brasileira esteve ligada ao cultivo da cana e ao preparo do açúcar, a importância econômica açucareira como principal riqueza colonial, é vista pelo valor das exportações do produto no período do apogeu da mineração (século XVIII). 
Para garantir o sucesso do projeto colonizador, recorreu-se ao capital externo, sobretudo flamengo (holandês), que já se encontrava amplamente envolvido nos negócios do açúcar na Europa.